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Market Share Banda Larga Fixa no Brasil - 2019

Conforme a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) divulgou nesta última semana, nos últimos 40 meses, o mercado de banda larga fixa aumentou em 23,5%, adicionando 6.090.367 clientes e chegando a 32.058.402 de conexões. Apesar do crescimento do segmento, as 3 maiores operadoras (Claro, Vivo e Oi, respectivamente) estão perdendo mercado principalmente para os pequenos provedores de internet, consolidados no gráfico abaixo juntamente com todos os demais players que detêm menos de 2% de mercado. Dentre estes destacamos a Algar (1,9%), TIM (1,7%), COPEL (0,9%) e SKY (0,8%). A operadora que mais "sangra" neste mercado é a OI, em sérias dificuldades já amplamente divulgadas na mídia, entretanto Claro (Embratel) e Vivo (Telefônica) demonstram igualmente clara tendência de perda de mercado.


Este declínio possivelmente aponta para 3 tendências por parte destas grandes operadoras e do mercado:


1) Provavelmente Vivo e Claro estão atentas a iniciativas de consolidação e compra de provedores ou grupos de provedores. Estes massificaram sua atuação em áreas antes pouco exploradas, investindo principalmente em redes de fibra óptica. Isto não seria novo, já aconteceram fusões antes, mas de maior porte. Lembre-se do caso da compra da GVT pela Telefônica. A Oi não está em posição de comprar outras, mas pode ser eventualmente comprada por uma grande Telecom estrangeira ou então ser eventualmente fatiada entre as grandes operadoras nacionais;


2) Fortes investimentos em tecnologias e redes móveis continuarão ocorrendo. Com relativo esgotamento das suas capacidades de expandir a última milha frente aos provedores de internet que se alastram pelo Brasil, as grandes operadoras focarão muito dos seus investimentos em redes móveis. A corrida pelo 5G vai acelerar e não é a toa: este é um segmento que, por hora, os pequenos provedores não conseguem adentrar, ou seja, as grandes Telecoms conseguirão eventualmente recuperar receitas perdidas na telefonia fixa e banda larga fixa com os serviços da telefonia e internet móveis;


3) Claro e Vivo continuarão investindo fortemente em iniciativas relacionadas a ofertas de serviços e soluções em nuvem, já não mais ofertas próprias, mas de grandes provedores tais como AWS, Azure, Google, IBM e outros. Dificilmente conseguirão competir com estes com ofertas próprias em seus datacenters, não será possível acompanhar a rápida evolução tecnológica e de preços destes grandes e consolidados players. Esta tendência será seguida por outras empresas no Brasil, de grandes a pequenas, que precisam oferecer serviços de valor agregado a ofertas de conectividade (internet e voz) que já são commodities.


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