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AWS, Azure e Google seguem líderes e Huawei estreia no Quadrante Mágico

O Gartner, uma das mais respeitadas consultorias especializadas no mundo, publicou neste mês seu mais recente Quadrante Mágico para Serviços de Infraestrutura e Plataformas em Nuvem.


Neste relatório o Gartner posiciona os provedores em um quadrante formado por dois eixos que compilam a habilidade para executar e visão das empresas.


Na imagem abaixo é possível acompanhar a posição de cada CSP (Cloud Service Provider) em 2022 e a evolução alcançada em relação a 2021.


Vemos poucas mudanças no quadro atual entre os 7 provedores do ano passado. A grande novidade é a estreia do 8º player no Quadrante, a Huawei Cloud.


Figura 1: Quadrante Mágico para Serviços de Infraestrutura e Plataforma em Nuvem


A AWS se manteve líder máxima e teve pouca alteração nos critérios avaliados anualmente pela consultoria. Google e Microsoft seguem também no segmento de líderes e apresentaram evolução de 2021 para 2022.


Oracle e Alibaba apresentaram também evoluções e estão posicionadas agora como Visionárias, já muito próximas do quadrante de líderes.


Tencent e IBM tiveram uma pequena evolução no eixo que demonstra a capacidade de execução, ainda dentro do quadrante de players de nicho.


Apesar de poucas mudanças nas posições, o relatório é muito rico nas análises sobre os pontos fortes e cuidados em relação a cada um dos oito fornecedores.


A AWS tem suas forças no vigor das suas amplas funcionalidades, na liderança do market-share e no seu próspero ecossistema de parceiros. Os cuidados residem no alerta da erosão do relacionamento da AWS com clientes, ao focarem no curto prazo, especialmente em renovações contratuais, na ausência de uma estratégia de multinuvem e soberania de dados, e na dependência de regiões específicas e comunicações, risco trazido com o incidente ocorrido em 7 de dezembro de 2021 na região da Virgínia, nos Estados Unidos, que causou indisponibilidade.


A Huawei aparece no quadrante tendo destacados seu market share na Ásia, Latam e África, sua especialidade em soluções On-premises e Edge e seu "pedigree" Enterprise. Dentre os cuidados, a atenção as sanções internacionais que a fabricante vem sofrendo, a imaturidade em PaaS e um ecossistema ainda novo de consultores e canais.


A Google demonstrou suas forças no ganho de receitas e capacidade, na execução de vendas, que passou a focar mais na camada executiva e menos em times técnicos, e na maior capacidade de atender questões de soberania e gestão híbrida, cooperando com operadores regionais e parceiros OEM. Dentre os cuidados, o crescente aumento de preços (storage, por exemplo, aumentou 100%), a confusão estratégica em relação a programas e as perdas financeiras apesar das receitas.


A Tencent ganha destaque com serviços de alta performance, com incentivos financeiros e foco no mercado consumidor de internet e low code. São apontados cuidados em relação a capacidade do CSP de suportar o mercado Enterprise com workloads tradicionais, o limitado ecossistema de parceiros e o modesto crescimento de market share nos últimos anos.


A Azure, da Microsoft, mostra força no crescimento do market share, com sua estratégica orientada a soluções e ao cenário híbrido e multinuvem. Os alertas são relacionados as falhas de segurança, a falta de inovação, ao incremento de custos sem que os clientes consigam rastrear claramente o motivo e a um modelo punitivo de licenciamento de software da própria Microsoft.


A Oracle ganha destaque com um modelo de negócios inovador, com a abordagem de arquiteturas multinuvem e com uma velocidade grande de implementação de novas funcionalidades ano após ano. Dentre os cuidados, o posicionamento negativo que a marca tem perante muitas organizações, seu ecossistema imaturo e o foco no mercado Enterprise de grande porte.


A IBM tem seus pontos fortes na estratégia focada em indústrias fortemente reguladas, na visão de modernização e no gerenciamento de containers, através do Red Hat OpenShift. Os alertas apontam para cuidados com o histórico ruim de disponibilidade do provedor, com grandes falhas em 2021, sua baixa responsividade ao mercado e estratégia de soberania de dados mais complexa que os demais CSPs.


O Alibaba é forte na liderança de engenharia, principalmente na China, tem um robusto ecosistema de parceiros (ISVs), tal como SAP, Vmware, IBM e Salesforce e forte capacidade de atender a canais digitais. Dentre os cuidados, a atenção a forte pressão regulatória, ecossistema limitado de parceiros fora da China e a falta de consistência na transparência de preços e descontos.



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